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Restaurantes

A Região

Visitas incontornáveis

O Algarve convida-o a descobrir o charme e os segredos da história de Portugal, que o tempo não apaga.

Das praias de areias douradas à explosão de cores que caracteriza a beleza natural das falésias, o Algarve apresenta múltiplos cenários de interesse histórico e cultural que, conjuntamente com a sua aptidão natural para atividades de entretenimento e lazer, fazem desta região um dos mais famosos destinos turísticos da Europa.

Tanto nas encantadoras cidades costeiras como nas aldeias estrategicamente construídas nas encostas, podem ser encontrados diversos vestígios da história do Algarve. O património arquitetónico, arqueológico e religioso permite recriar eventos e factos relacionados com o passado português e mundial. A dispersão geográfica da população também proporciona uma enorme diversidade de costumes e tradições característicos que enriquecem o património cultural da região.

Perto da Ria Formosa, onde se encontra um conjunto de pitorescas ilhas da barra, está Faro, a capital do distrito, no eixo central do Algarve. A sua origem remonta ao período pré-românico. Atualmente, é uma das mais modernas cidades da região, com uma importante atividade comercial, turística e cultural. No interior das muralhas que circundam o centro histórico, coexistem lado a lado pequenas casas com importantes monumentos nacionais como o Arco da Vila onde se encontra a arcada árabe e o Museu Municipal no Convento de Nossa Senhora da Assunção, bem como edifícios de interesse público, entre os quais a Sé Catedral de Faro. Vários itinerários culturais convidam-no a descobrir as aldeias do município, como Estoi, que alberga um conjunto de ruínas conhecido como as Ruínas de Milreu, uma antiga vila romana habitada desde o século I d.C. e classificada como monumento nacional. Os encantos da capital do Algarve estão também relacionados com as ilhas paradisíacas de Culatra, Farol e Deserta, situadas na Ria Formosa e que pertencem ao município. Nestes magníficos refúgios ao longo do oceano, a areia branca e as águas cristalinas proporcionam momentos inesquecíveis de descontração e satisfação.

Partindo de Faro para o Barlavento (Oeste), encontramos municípios igualmente atrativos, tanto pelas paisagens naturais como pela importância histórica e patrimonial.

Loulé é orgulhosamente o maior concelho do Algarve, abrangendo a costa, as planícies barrocais e montanhas. Com origem no Antigo Neolítico, esta cidade histórica foi conquistada aos Mouros durante a Reconquista Cristã em 1249. As suas ruas estreitas conduzem a monumentos como a Alcaidaria do Castelo, que alberga vários espaços culturais, entre os quais é de salientar o Museu Municipal de Arqueologia. O castelo data do período árabe e foi reconstruído no século XIII. Uma grande parte do seu perímetro muralhado é ainda visível. O rico património histórico do município inclui também importantes testemunhos como a Estação Arqueológica de Cerro da Vila (em Vilamoura), a Igreja Matriz, o emblemático Mercado Municipal, as ruínas do Castelo de Salir e a Igreja de São Lourenço em Almancil. Esta igreja única merece uma visita graças ao seu interior revestido a azulejos pintados à mão, que datam de 1730 e representam cenas da vida do seu padroeiro. A beleza e paz proporcionadas pelo Barrocal e a Serra convidam a longos passeios particularmente até aldeias típicas como Alte, uma das povoações portuguesas que permanecem fiéis às suas origens e tradições proporcionando um ambiente pitoresco. A diversão é também uma razão para visitar Loulé. Para além das tradicionais celebrações pagãs e católicas, a cidade acolhe anualmente o Festival Med, uma referência importante no roteiro dos maiores festivais de World Music da Europa.

Para oeste, chegamos a Albufeira, considerada a capital do turismo do Algarve pela diversidade de hotéis, restaurantes, diversão e vida noturna vibrante e ainda os extensos areais. A Torre do Relógio, o ex-libris da cidade, a Igreja Matriz, a Capela da Misericórdia, uma antiga Mesquita Árabe e alguns vestígios da muralha do castelo, fazem parte do património monumental do município. Roteiro este que abrange também as freguesias do município que incluem monumentos como a Ermida da Nossa Senhora da Guia, a Igreja de São José de Ferreiras, o Castelo de Paderne e a Torre da Medronheira nos Olhos d’Água.

Em pleno coração da Serra Algarvia, Silves apresenta um dos mais importantes marcos da presença árabe no Algarve. Com ruas sinuosas de calçada portuguesa, pátios interiores escondidos e casas senhoriais em cada esquina, tem um importante património edificado e cultural. O seu castelo em grés vermelho, circundado por uma cortina de muralhas e onze torreões, acolhe os visitantes. Atravessada pelo rio Arade, que lhe imprime um romantismo especial e uma beleza poética, Silves foi a primeira capital do Algarve no século XI. Nesse período, foi até descrita por alguns autores como mais importante e maior do que Lisboa. Se quiser sentir a atmosfera dos tempos antigos, não pode perder a Feira Medieval de Silves. Durante dias a fio (normalmente no início de agosto), a cidade transforma-se num mercado medieval ao ar livre, onde é possível comprar produtos tradicionais e únicos, apreciar receitas seculares, beber o “néctar dos deuses” num copo de barro e assistir a espetáculos de dança e música árabes e medievais.

Mais a oeste, um importante e antigo local de Silves, Lagoa, recebeu autonomia administrativa em 1773. As igrejas, fortalezas e edifícios, nos quais figuram algumas das mais impressionantes chaminés da arquitetura tradicional do Algarve, fazem parte do património histórico do concelho. Entre outros monumentos importantes, destacam-se o Convento de São José, a Igreja da Misericórdia e a Igreja da Nossa Senhora da Luz, ambas em Lagoa, o Forte da Nossa Senhora da Encarnação que remonta ao final do século VIII, em Carvoeiro. Na freguesia de Porches, não  pode perder a Capela de Nossa Senhora da Rocha localizada num magnífico promontório. Junto ao mar, desfrutamos de outras maravilhas naturais que o município tem para oferecer, como a acolhedora Praia da Cova Redonda e a famosa Praia da Marinha, considerada uma das dez praias mais bonitas da Europa. Uma experiência inesquecível em Lagoa é visitar as grutas em Benagil, entre as quais a maior e mais profunda gruta da região, situada na freguesia do Carvoeiro, onde poderá ainda descobrir as invulgares formações rochosas esculpidas pelo vento e o mar de Algar Seco. Um cenário convidativo para um dia único passado à beira-mar.

Considerado um dos principais centros de desenvolvimento económico do Algarve dado o seu animado turismo, Portimão possui vestígios arqueológicos impressionantes, nomeadamente os monumentos megalíticos de Alcalar que podem ser encontrados na aldeia de Alcalar, próxima da cidade de Portimão. Vários objetos que pertencem a esta importante povoação com mais de cinco mil anos foram recuperados e podem ser vistos no Museu de Portimão, um espaço imperdível. O museu tem também uma exposição permanente que retrata a indústria piscatória e conserveira estabelecida nas margens do rio Arade durante o séc. XX.

Contudo, é em Lagos que o Algarve ganha maior importância na história de Portugal. Esta antiga cidade marítima representou um papel relevante na Época dos Descobrimentos portugueses porque foi escolhida pelo Infante D. Henrique (o Navegador) como ponto de partida para diversas expedições na costa ocidental de África. Muitas vezes, perto da marina, pode ser visitada uma réplica das majestosas caravelas que cruzaram os mares nesse tempo. Do continente africano vieram também os primeiros escravos para a Europa. Este acontecimento histórico é retratado pelo antigo Mercado dos Escravos do séc. XVII, no centro da cidade, ainda rodeado por imponentes muralhas seculares. O centro histórico e o Castelo dos Governadores merecem uma visita.

Rodeado pelo imenso oceano Atlântico em três frentes, o município de Vila do Bispo impressiona pela sua beleza natural. É impossível ficar indiferente às enormes falésias que cortam a paisagem; o mar com o seu caráter imponente e a natureza pura e selvagem ao longo do sudoeste alentejano e do Parque Natural da Costa Vicentina. O município teve uma participação importante num dos mais proeminentes capítulos da história portuguesa: a expansão marítima. No séc. XV, o início da Época dos Descobrimentos trouxe um novo vigor ao território algarvio. Tal como Lagos, Sagres (uma das mais turísticas vilas do município) ficará para sempre associada à expansão marítima portuguesa. Ainda hoje, na Ponta de Sagres, um gigantesco dedo de pedra aponta para o oceano Atlântico, numa alusão clara à coragem dos navegadores do Algarve. A Fortaleza de Sagres e a sua gigantesca Rosa dos Ventos que cobre parte do chão e o Cabo de São Vicente, o ponto mais a sudoeste da Europa continental, são imperdíveis. Assistir ao pôr do sol num destes locais de Sagres é um momento de pura magia.

A viagem para o oeste algarvio conduz a Aljezur, onde à chegada se distinguem primeiro as muralhas do castelo erigido no ponto mais alto desta vila secular, sede do município. Símbolo da longa luta entre cristão e mouros, a fortificação construída durante o período árabe (séc. X) ainda preserva duas torres e uma cisterna cúbica coberta por uma abóbada. Para além da visita ao castelo e ao centro histórico, ladeado por antigas casas de fachada branca e barras coloridas pintadas em redor das janelas, o passeio em Aljezur não ficará completo sem ver as praias do município, particularmente famosas entre os adeptos de desportos marítimos como surf, bodyboard, bem como os amantes da pesca.

A principal atração de Monchique é a comunhão com a natureza luxuriante. Este é o município com as montanhas mais altas do Algarve. O ar fresco e a tranquilidade que envolvem esta região de tons e aromas profundos são particularmente intensos nas Caldas de Monchique, famosas desde o período românico pelas suas águas com propriedades curativas. Esta estância termal oferece o único Spa natural do Algarve. Um conjunto de edifícios históricos situados no extenso parque arborizado inspiram um passeio relaxante. No centro deste complexo, é possível visitar a Capela de Santa Teresa com os seus painéis de azulejos tipicamente portugueses, do séc. XVIII.

Privilegiada pela proximidade do aeroporto internacional, a cidade de Faro também representa um excelente ponto de partida para descobrir os municípios do sotavento algarvio, caracterizados por condições meteorológicas favoráveis.

Exibindo uma arquitetura cubista, única na região do Algarve, Olhão é um dos municípios que apresentam uma expansão notável desde o séc. XIX. Com uma economia sustentada essencialmente na pesca, está agora a despertar para o turismo, beneficiando da sua excelente localização ao longo da Ria Formosa e do seu enorme património histórico, exemplo do qual é a Igreja Matriz, o primeiro edifício em pedra erigido na cidade. Caracterizado pela disposição irregular das suas casas brancas, o centro histórico de Olhão é um local de paragem obrigatória. Pelas estreitas ruas, vielas e passagens, é possível observar os tradicionais terraços nos telhados (açoteias) dos quais espreitam as elegantes chaminés algarvias que embelezam as casas que ainda revelam portas e janelas adornadas com belas platibandas. Outro edifício incontornável é o que alberga os Mercados Municipais. A cidade de Olhão é conhecida pelo seu famoso Festival do Marisco, que decorre durante seis dias em agosto, oferecendo muita animação musical. O município inclui ainda as imperdíveis ilhas da Fuzeta e Armona.          

Uma cidade romântica localizada nas margens do rio Gilão, Tavira foi uma das principais povoações algarvias durante o período islâmico, entre os séculos VIII e XIII, devido à localização estratégica do seu porto e castelo. Subindo às torres do castelo, pode apreciar a bonita paisagem que se estende até ao mar. No interior das muralhas do castelo, encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, só para mencionar uma das mais de duas dezenas de igrejas e capelas existentes no município. No Núcleo Museológico da Pesca do Atum, podem ser revisitadas as tradições associadas a esta atividade que representou um importante recurso económico até meados do séc. XX. A não perder a torre da Ponte Romana, que ainda permite a ligação pedestre entre as duas partes da cidade.

Embora uma grande parte da área do município esteja localizada consideravelmente longe da costa, Castro Marim, teve direito à orla marítima por decisão do Marquês de Pombal. Embora ofereça três das praias mais populares na zona oriental da região, o principal interesse do município está na povoação, adornada pelo seu imponente castelo medieval. No interior da fortificação do castelo, existem diversos vestígios da presença muçulmana e as muralhas ainda circundam a antiga Igreja da Misericórdia e a Igreja de Santiago, a primeira Igreja Matriz da vila. Esta simpática vila é todos os anos, em agosto, palco de recriação da história medieval portuguesa. Os “Dias Medievais de Castro Marim” são uma reconstituição rigorosa dos tempos medievais que atrai milhares de visitantes locais e estrangeiros para apreciar os coloridos desfiles de Reis e Rainhas, emocionantes torneios entre imponentes Cavaleiros, teatro de rua e espetáculos musicais, artesanato e gastronomia, tudo numa animada feira organizada no interior das muralhas do castelo.

O poder decisivo do Marquês de Pombal reflete-se mais uma vez no sotavento (leste algarvio). Projetada em 1774 pelo Ministro do Rei D. José I junto à foz do rio Guadiana para controlar o comércio na fronteira espanhola e desenvolver a pesca que mais tarde conduziria à indústria conserveira, Vila Real de Santo António é uma das cidades únicas da região. A identidade pombalina encontra-se preservada nos edifícios ao longo de ruas perpendiculares que partem da praça central aumenta o interesse dos visitantes que encontram, em todo o município, vários vestígios da primeira ocupação deste território. Um exemplo de edifícios que datam dos tempos romanos é a freguesia de Cacela.

A importância estratégia do rio Guadiana, desde tempos remotos, parece também ter impulsionado a fundação da pitoresca vila ribeirinha de Alcoutim. A exploração de depósitos de cobre, ferro e manganésio levaram à construção de instalações de apoio e proteção para o transporte de metais, visto que Alcoutim se encontra num ponto onde o rio passa a ter marés e onde as embarcações tinham de esperar horas até que as marés lhes permitissem descer o rio até ao oceano Atlântico. Atualmente, o Guadiana é ainda um excelente recurso para expandir o turismo e a economia local. A praia do Pego Fundo em Alcoutim é a única praia fluvial do Algarve. O município que abrange uma vasta área de montanhas oferece, entre outros pontos de interesse histórico, o castelo do séc. XIV e as minas antigas.

A partir de Alcoutim, o percurso pela Serra Algarvia para ocidente leva-nos a São Brás de Alportel, um município com uma importante reserva de sobreiros, uma espécie arborícola com uma grande expressão económica no país. Este valioso património natural deu origem à indústria corticeira que colocou a vila numa posição cimeira a nível mundial durante vários anos como o principal centro de transformação de um produto que compete nos principais mercados internacionais relacionados com a moda e o turismo. A Rota da Cortiça é assim uma das principais atrações do município, com um percurso que leva o visitante a conhecer as técnicas de preparação e transformação deste produto místico.